sábado, 25 de outubro de 2014

NEGAÇÃO



Queria escrever um poema daqueles
que só os pássaros sabem ler
com seus olhos de voo.

Um poema vulcão em que a lava
tivesse a força do cheiro das rosas de maio.

Um poema de murmúrios de mar
de búzio de luz
em bebedeira de luar.

Um poema em que as palavras
recolhessem a seda das estrelas.

Um poema aceso de vermelho
a tocar a raiz da cerejeira.

Mas adio a hora de ver pássaros 
a voar na lua
e também não sei
onde estão as cerejeiras. 



terça-feira, 5 de agosto de 2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

HORA DO POENTE



Hora do poente!
Quem não vê o vermelho
que se lhe solta das veias?
A cor sangue de cerejas
alargada até ao horizonte 
sobre a manta a perder o azul?
Transformação?
Melancolia?

Ou excitação de olhos de brisa?