sábado, 27 de junho de 2015

MEMÓRIAS IRREVERENTES



Há-de vir a madrugada
com tuas mãos a prenderem
as ondas do mar.

Na cerejeira brava
hão-de os meus olhos encontrar
borboletas perseguindo
a ternura do teu olhar.

É que o peito ganha asas
quando o vento acende memórias
de luas ao fundo da rua.


sábado, 21 de março de 2015

FRÁGEIS



Tão frágil é a borboleta
com suas asas de leveza
e tão forte é quando voa
sob o peso do céu
cinzento.

Tão fortes somos nós
na carne e nos ossos.
Porém tão frágeis
quando caminhamos por baixo
 de um bocadinho de céu
apagado
ou sob o peso
de um sonho desfeito.