julguei ser possível o mar
o precipício doce
para o fim das vergastadas
ousei nadar até ao mar alto
lugar onde elas são inúteis
foi apenas um recorte do tempo imenso
um vento desviou a proa do navio
e devolveu-me à beira-mar
onde a verdade virgem é degolada
e passeamos com pés de larva
a natureza tudo acolhe
o bem e o mal
as ilusões idiotas
a ganância
a futilidade do poder
a beleza do amor
os sonhos puros de justiça
os gestos ancorados na verdade
conforme o ritmo e a cadência das marés
lhe comandam o remar
José Manuel Marinho (poemar-te) e Marta Vasil (lua com dona)
Que boa maneira de voltar. Este poema é uma autêntica onomatopeia. Lê-se cantando.
ResponderExcluirBem-vinda Rita.