A lua havia de cair um dia
no chão mais próximo.
Num lugar que havia de desvelar a palavra.
Havia de tombar
era irremediável.
Sei-o agora.
Mas resvalou
desgovernada
roubada por outras solicitações.
As esplanadas
os bancos de jardim
os livros
passaram então a ser-me ardis.
De traição em punho.
Por isso
já nada se parece com a glória antiga
largada agora noutra morada.
Depois o intragável escuro.
Um escuro que não me deixa saber
o elementar e o secundário.
Entardeceram ambos.
Já nada sei
depois que o mar lambeu a areia
e desfez a palavra.
Se é que alguma vez soube.
Se é que alguma vez a palavra existiu.
E se existiu foi num instante.
Num muro de silvas
entre amoras falsas.
Sábio este jogo de palavras entre o título do blogue, o título do poema e todas as belas palavras que só a Rita sabe escrever.
ResponderExcluirBjs
tem muito que se lhe diga...
ResponderExcluirmas... a palavra é. por si só e por tudo o que pode acrescentar-nos
ou subtrair-nos... tantas vezes lá, assim, num silvado. fingido.
mas a palavra é. sempre mais. do que isso.
Beijinhos
Por vezes sentimo-nos assim...como que traidas pelo nosso saber, pelo nosso sentir...
ResponderExcluirBeijito!
P/s: Coloquei o meu blog "Secreta" privado, tenho enviado convites aos meus amigos para que possam continuar a le-lo. Caso não tenhas recebido, por favor informa-me para secreta@simplesnet.pt . Obrigada.
Magnífico poema.
ResponderExcluirGostei imenso, querida amiga.
Beijo.
Nem todas as amoras são falsas.
ResponderExcluirGostei do poema.
um poema dorido.
ResponderExcluirum beijo
Vim deixar um beijito! E votos de que tudo esteja bem contigo.
ResponderExcluir:)
Não há mais amoras...?
ResponderExcluirRita, querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Onde andas?
ResponderExcluir:(