A boca respira a caligrafia solta das mãos
e com o hálito morno da Primavera
sustém a doce brisa que dela advém.
Já no Inverno
mastiga o que resta da fala do girassóis
e engole o travo de perfis caligráficos
que rondaram o luto espesso de luas moribundas.
Acima das vagas
há-de nascer um outro cheiro de soletração.
Porém
será uma caligrafia peregrina
delineada outra vez
nas inconstantes cores da romã.
E, eis que o verão tudo põe em causa e a escrita se desvanece em tons de outono.
ResponderExcluirOu não, porque sempre acabará vencedora.
bjs Rita
Excelente.
ResponderExcluirQuanto mais te leio mais confirmo o teu enorme talento para a poesia.
Beijos, querida amiga.
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ResponderExcluirInconstante é o soletrar, o sonhar, o viver...
Bonito! Muito bonito... Beijos de luz e o meu carinho, sempre!
Zélia(MundoAzul)
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Que as mãos soltem sempre assim caligrafia e a boca respire cores de romã mesmo que inconstantes.
ResponderExcluirBjinhs
Ciclos que se completam, como em tudo :)
ResponderExcluire a escrita transbordará fogo assim como as cores rubras da romã.
ResponderExcluirbeij