quarta-feira, 28 de março de 2012

NEM SEMPRE O SILÊNCIO ME DEVASTA


Depois de convocadas memórias acesas de cerejas
o silêncio há-de alimentar as horas
ou a espera dos peixes virem à tona
como os dias esperam a posse do entardecer.
Como os dedos esperam o cheiro do vocabulário
traduzido pelo desejo da flor a abrir ao meio dia.
Nessa hora não haverá lugar para peixes
de olhos fundos e desvidrados.
Antes os haverá de luz
nadando no cimo das ondas
e acentuando nas guelras o silêncio
como alimento do que ainda há-de vir.

3 comentários:

  1. Há um silêncio bom, interioridade que é luz.

    mas, por vezes, também há um silêncio que dói... que é violência verbal.

    Que do silêncio nasça sempre alimento.

    Bjinhs

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  2. E o que há-de vir trará sustento. Seguramente.
    Bjs Rita

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  3. pois não
    o silencio pode ser apaziguador
    e quiçá
    há silêncios transbordantes de dialogo

    gostei muito

    um beij

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