No papel vos entrego a palavra
Permito-vos o sentido
E mais
A liberdade do ritmo
da entoação
da voz
do tempo em que a respirais.
A liberdade da invenção para a metáfora.
A partir deste momento desconheço
se a plavra ainda me pertence
Sei que a libertei
para o mar ou para o espaço
Para fora de mim
Para sempre
Para nunca
Talvez que o que é vento
seja agora o meu respirar
O que é mar seja água
Talvez que o que é rio
seja agora vala extensa
onde vos deixo a palavra a correr
Apetecida
Renegada
E de súbito
a palavra foi um instante
Ou talvez não.
A palavra sempre nos pertence, tal como sempre é libertada para fora de nós. Por isso, cada poema, cada livro, cada mensagem é como um filho que sai de nós.
ResponderExcluirUm beijinho grande, amiga.
Está desvendado o título do Blogue. Será?
ResponderExcluirQuase que repetindo a Manuela, diria que a palavra será, por ventura, a única liberdade que ninguém nos tirará. Até o silêncio se pode revestir de mil palavras.
Bjs Rita
a palavra será de quem a ler, e como disse (ou melhor escreveu) o Poeta a cantiga é uma arma, e com palavras fazemos cantigas.
ResponderExcluireste poema é um verdadeiro hino à palavra e às sua metaforas.
gostei muito, muito e agradeço a partilha da sua autora.
um beijo
A palavra, que foi instante, passa depois a ser vários instantes...
ResponderExcluirBjos
com palavras se aprendem gestos que são verbo. este poema é a liberdade a sair à rua. belo num apelo de não esquecimento.
ResponderExcluir(as metáforas dão-me tanto jeito:-))
O poema, depois de feito, deixa de pertencer ao poeta.
ResponderExcluirE cada um dos leitores lê-o de maneira difente.
Excelente poema, Rita. Gostei muito.
Beijos, querida amiga.
Concordo com o amigo poeta Nilson! O poema depois de feito deixa de pertencer ao poeta, pertence ao leitor. Belíssimo. Adorei. Desculpe de ainda ter tido tempo de a comentar e segui-la. Se hoje, o meu computador não me pregar a partida, faço-o.
ResponderExcluirBeijinho e uma flor.
deixo apenas um sorriso :)
ResponderExcluirobrigada!
beij