sexta-feira, 2 de março de 2012

TALVEZ



Em horas salobras
amordaçamos a sede de música de violino
para nos fixarmos em objectos materiais.
Forma
Cor
Textura
Tudo pormenores!
Tão breves como as folhas caducas.

Talvez amanhã
outro tempo escorra
pelas paredes.
Talvez nos fixemos
numa marca perdurável
ou num rumor perene
para sustentar
outra vez o coração.



5 comentários:

  1. Um abraço Rita Carrapato. Gostei de conhecer o(s) seu(s) blog(s). Seja bem vinda ao Cartas aos Molhos com os seus silêncios ou palavras.

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  2. Não, não amordaço a sede de ouvir a musica de violino, nem o prazer de ler mais uns versos da criatividade da Rita, aqui já com tons de MV.
    Bjs.

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  3. Talvez...

    é preciso não baixar os braços e fazer acontecer.

    Beijinhos

    Fa#

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  4. É verdade Armando, acho que me é difícil, senão mesmo impossível solta-me de MV.
    Um beijinho e obrigada pela presença.

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  5. Pormenores é com as mulheres...
    Eu cá, vejo as coisas mais por grosso... rsrs...
    Mais a sério, o teu poema é brilhante. Gostei muito, querida amiga.
    Beijos.

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